A origem do nome arnica é bastante obscura, possivelmente uma deformação da palavra grega ptarmikos, que significa que faz espirrar.
Desconhecida na antiguidade, a planta foi descrita e desenhada somente no século XVI pelo médico botânico italiano Mattioli. Esta planta é muito utilizada nas preparações homeopáticas e fitoterápicas nas áreas da medicina (acupuntura, antroposofia, cirurgia plástica, homeopatia, oftalmologia, ortopedia, etc), odontologia, veterinária, fisioterapia, dentre outras áreas.
Ecologia
A Arnica montana é uma planta originária das regiões montanhosas do norte da Europa, de terras silicosas. Apresenta inflorescências terminais grandes, eretas, ramificadas com numerosos capítulos pequenos de cor amarelada ou alaranjada, sendo cultivado em bordaduras ou em canteiros a pleno sol. O cultivo no Brasil é de adaptação muito difícil, mas é encontrada em campos rupestres, nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia.
Constituintes
Princípios amargos
Lactonas sesquiterpenóides (helenalina, diidroxihelenalina), glicosídeos flavonóides, taninos, resinas, cumarinas (umbeliferona, escopoletina), ceras, carotenóides, inulina, arnicacina; fitosterina: ácidos orgânicos (clorogênico, cafeico); óleo essencial: triterpenos (arnidiol, pradiol e amisterina)
Ações
Antiinflamatória, tônica, estimulante, anti-séptica e analgésica.
Em uso externo é usada para tratamento de condições pós-reumáticas e pós-operatórias, tais como:
•Hematomas
•Torções
•Escoriações
•Contusões
•edemas relacionado à fratura e dores reumáticas dos músculos e articulações
•Processos inflamatórios da orofaringe
•Furunculose
•Picadas e ferroadas de insetos
•Flebite superficial
Propriedades Farmacológicas
As propriedades antiinflamatórias e analgésicas da arnica se explicam pela diminuição da atividade enzimática no processo inflamatório.
O fitocomplexo bloqueia a inflamação causada por traumatismos, diminui a formação de exsudato e incrementa a reabsorção e a ação de células responsáveis pela destruição dos fragmentos biológicos de origem necróticas.
Os triterpenos são espasmolíticos em nível de musculatura lisa, principalmente na musculatura dos vasos e permite a distinção do tecido sujeito à inflamação.
Os flavonóides potencializam a atividade dos terpenos, estabilizando a membrana celular.
Precauções e contra indicações
Individuos hipersensíveis a planta, gravidez e lactação.
Reações adversas
O uso interno não é indicado por ser potencialmente tóxica, exceto em preparações homeopáticas. O uso interno pode causar náuseas e irritação gástrica. Já o uso externo pode provocar dermatite de contato com formações de vesiculas e ocasionalmente eczema.
Não há interação medicamentosa conhecida com outras medicações como antiinflamatórios hormonais ou não-hormonais, analgésicos ou antibióticos.
Nas preparações homeopáticas e antroposóficas seu uso é seguro e geralmente bem tolerado. Não foram relatados casos de reações adversas durante sua utilização. A única contra-indicação conhecida é a hipersensibilidade aos componentes das formulações.
Utilização
Tintura
20g de flores em 100 mL de álcool 60º. Diluir em 500mL de água.
Tintura a 10%
10 gotas diluídas em água, 2 a 3 vezes ao dia nas contusões.
Infuso
20g de flores em 1L de água. Usar na forma de gargarejos, bochechos e banhos.
Cataplasma
Fever um punhado de flores e aplica-las sobre a região atingida.
Pomada
Passar no local 3 vezes ao dia. Usada para alívio de dor.
Xampus, loções capilares, sabonetes e géis: extrato glicólico ou tintura hidroalcoólica de 2 a 10%.
Uso interno
Solução oral, glóbulos ou comprimidos preparados homeopaticamente de acordo com a prescrição.
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