domingo, 29 de julho de 2012

Salsa ou Salsinha

A salsa ou salsinha (Petroselinum crispum (Mill.) Nym.; Apiaceae (Umbelliferae) é uma planta herbácea bienal, podendo-se também cultivar como anual. Forma uma roseta empenachada de folhas muito divididas, alcança 15 cm de altura e possui talos floríferos que podem chegar a exceder 60 cm.

Natural da Europa, a salsa (conhecida também por salsinha, salsa-de-cheiro ou salsa-hortense) foi trazida para o Brasil no início da colonização. O cultivo da salsa faz-se há mais de trezentos anos, sendo uma das plantas aromáticas mais populares da gastronomia mundial.

A variedade de salsa grande Petroselinum crispum tuberosum, possui uma raíz engrossada axonomorfa, parecida com a cherivia, esta é a que se consume como hortaliça crua ou cozida. Esta variedade tem folhas maiores e mais rugosas que a salsa comum, sendo mais semelhantes à espécie silvestre.

As flores são pequenas, hermafroditas e estão reunidas numa inflorescência do tipo umbela. Apresentam coloração amarelo-clara e suas pétalas possuem uma pequena reentrância no ápice.

Salsas são ricas em vitaminas A, B1, B2, C e D, isto se consumidas cruas, já que o cozimento elimina parte dos seus componentes vitamínicos.

É diurética (facilita a secreção da urina); emenagoga (provoca a vinda da menstruação); carminativa (combate os gases intestinais); expectorante (facilita a expectoração); antitérmica (combate a febre); eupéptica (melhora a digestão); vitaminizante (colabora na regeneração das células); aperiente (abre o apetite); antiinflamatória (combate inflamações).

Mas cuidado! A salsa, através de uso interno, é contra-indicada para gestantes e lactantes, pois um de seus componentes, o apiol, é estrogênico; isto é, altera o sistema reprodutor feminino e pode provocar o aborto.

Dela tudo pode ser usado: folhas, caules, raízes e sementes.

A reprodução é feita por sementes, num local ensolarado e em solo que não seja demasiado compacto. Também pode ser cultivada em vasos fundos em uma janela ensolarada.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Rúcula

É uma hortaliça herbácea da família Cruciferae, anual, de porte baixo, originária do sul da Europa e da parte ocidental da Ásia. Suas folhas tenras são muito apreciadas na forma de salada, em São Paulo e no Sul do Brasil.

É importante, também, no sul da Europa, no Egito e no Sudão. Na Índia, é cultivada em função da pungência e do conteúdo de óleo das sementes; rica em vitamina A e C, potássio, enxofre e ferro, tem efeitos anti-inflamatório nos intestinos e desintoxicante para o organismo humano.

Em São Paulo, as principais microrregiões produtoras são Paranapiacaba, Grande São Paulo, Sorocaba e Campinas, cabendo as duas primeiras quase 90% da produção.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Repolho

Hortaliça anual da família Brassicaceae, tem como região de origem a Costa Norte Mediterrânica, Ásia Menor e Costa Ocidental Européia. Em sua forma selvagem, o repolho era utilizado pelos egípcios, sendo que o seu uso generalizou-se com as invasões arianas entre 2000 e 2500 antes de Cristo. Por ser considerado uma fina iguaria pelos gregos e romanos, era cultivado em suas diversas formas. Acredita-se que o repolho tenha sido introduzido na Europa pelos celtas no século IX. Na América, o repolho foi trazido pelos conquistadores europeus por volta do século XV.

Planta de repolho
A planta de repolho é herbácea, formada por inúmeras folhas que se imbricam, dando origem a uma "cabeça", que constitui a parte comestível da planta.

Taxonomicamente, existem duas espécies de repolho, o repolho liso (B. oleracea L. var. capitata L.), de maior expressão comercial no Brasil, e o repolho crespo (B. oleracea L. var. sabauda Martens). Os repolhos são classificados segundo a forma e a cor da cabeça. As formas da cabeça do repolho são: achatada (forma comercial predominante no Brasil, Figura 1), pontuda (Figura 2), redonda, oval e elíptica. Quanto à cor, a cabeça pode ser verde (branca) ou roxo.

domingo, 22 de julho de 2012

Quebra-Pedra

Erva rasteira, de folhas pequenas verdes-azuladas, muito popular em todo Brasil. Cresce em solos duros. Seu nome se deve ao fato de ser usada nos casos de pedras nos rins. Possui ação analgésica e relaxante muscular.

sábado, 21 de julho de 2012

Poejo

O poejo (Mentha pulegium) é uma das espécies mais conhecidas do género Mentha.

Da família Lamiaceae, é uma perene cespitosa de raízes rizomatosas que cresce bem em sítios húmidos ou junto de cursos fluviais, onde pode ser encontrada selvagem entre gramíneas e outras plantas. Os seus erectos talos quadrangulares, muito ramificados, podem chegar a medir entre 30 a 40 cm.

As folhas são lanceoladas e ligeiramente dentadas, de cor entre os verdes médio e escuro. Dispõem-se opostamente ao longo dos talos. As diminutas flores rosadas nascem agrupadas em densas inflorescências globosas

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Orégano

Variedade da manjerona e parente do tomilho, o orégano é uma erva de diversas espécies, bastante aromática e de sabor forte levemente amargo. Os tipos com sabores mais fortes são considerados os melhores.

Sua planta é rasteira de com folhas verde-escuras. Muito utilizado em pratos com tomate fresco ou queijo, molhos a base de tomate, omelete e assados. Era utilizado pelos gregos como óleo pós-banho e, hoje largamente utilizado na cozinha italiana, francesa e grega.

Denominado de origanon (erva amarga) por Hipócrates na Grécia Antiga, o orégano é originário do Mediterrâneo, Norte da África e Oriente Médio. Participando da receita da pizza ficou conhecido no mundo todo. Na Idade Média era usado para curar infecções e dores de ouvido e os medievais utilizavam nas magias. Somente o uso da erva na pizza a tornou popular como tempero, sendo cultivado hoje na Europa, Ásia e Américas.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mostarda

E já na Bíblia muitas são as referências a Mostarda“é a menor das sementes, mas quando cresce é a maior das hortaliças; torna-se uma árvore”.

“Pois em verdade vos digo, se um dia tiverdes fé do tamanho de um grão de Mostarda, direis a esta montanha: ‘passa daqui para acolá’ e ela passará. Nada vos será impossível”. (Mateus, 17:20-21).


A Mostarda é amplamente conhecida como um condimento picante, também chamado Mostarda. Seu uso na culinária foi disseminado pelo mundo: uma especiaria como o cravo, a canela, a gengibre, a noz-moscada, a pimenta-do-reino.

Segundo alguns autores estas especiarias tinham como função não apenas temperar os alimentos, mas conservá-los. As especiarias já eram conhecidas na época do Império Romano, originaram-se Oriente, no Norte da África e em algumas regiões mediterrâneas européias.

Neste período as especiarias não apenas adicionavam sabores aos alimentos, mas também conferiam a quem os usava status e poder, o que só era acessível às altas camadas sociais.

Na cozinha medieval as especiarias faziam parte de uma rica estrutura de valores simbólicos, relacionados aos à teoria dos quatro elementos: fogo, terra, água e ar, temperamentos quentes, úmidos, secos ou frios, deviam utilizar ou evitar determinados alimentos.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Manjericão

O manjericão (Ocimum basilicum L., Lamiaceae) é considerada uma planta perene, mas em condições de cortes sucessivos, a espécie apresenta boas produtividades até o segundo ano de cultivo. A senescência da parte aérea é mais rápida em situação de fertilizações pouco freqüentes, baixa disponibilidade hídrica e baixas temperaturas durante o inverno.

As diferentes espécies ou variedades de manjericão podem ser classificadas em função do aroma: doce, limão, cinamato ou canela, cânfora, anis e cravo e também a partir de características morfológicas da planta como: porte, formato da copa, tamanho e coloração da folhagem.

O manjericão de cor verde é o mais conhecido, sendo as espécies com folhas avermelhadas mais raras e mais aromáticas.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Louro

Originário da Ásia Menor, o louro, Laurus nobilis L. (LAURACEAE), é uma das espécies contempladas pelo projeto “Produção, processamento e comercialização de ervas medicinais, condimentares e aromáticas” coordenado pela Embrapa Transferência de Tecnologia – Escritório de Negócios de Campinas, SP, em parceria com a Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Embrapa SemiÁrido (Petrolina, PE) e nos Escritórios de negócios de Dourados (MS), Canoinhas (SC), e Petrolina (PE) da Embrapa Transferência de Tecnologia, o qual tem por objetivo treinar técnicos e qualificar pequenos agricultores e seus familiares em produção e manipulação de ervas com boas práticas agrícolas e de higiene que atendam às demandas dos segmentos de fármacos e condimentos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Losna

Conhecida como losna ou absinto, a "Artemisia absinthium L." apresenta
substâncias poderosas que tanto podem curar como intoxicar.

Conheça melhor esta planta antes de usá-la.

Quem já provou um chá de losna conhece a principal característica desta planta: o sabor amargo.

E dizem que essa característica foi até citada num provérbio de Salomão que teria declarado: "a infidelidade, ainda que possa ser excitante e doce no seu início, costuma ter um fim amargo como a losna".

Na Grécia Antiga esta planta era dedicada à Ártemis, deusa da fecundidade e da caça. Daí a origem de seu nome científico.

Popularmente, a losna também é conhecida como absinto, erva-do-fel, alenjo, erva-de-santa-margarida, sintro e erva-dos-vermes.

As propriedades aperitivas (estimulante do apetite), vermífugas e estomacais explicam o uso da planta no preparo do vermute e do licor de absinto, entretanto, vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona - pode produzir efeitos altamente perigosos. Em doses elevadas, os chás e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios. No século XIX, registrou-se vários casos de intoxicações e até mortes provocadas pelo uso de um licor obtido pela maceração do absinto em álcool. Na maior parte das vezes, o licor de absinto era usado como alucinógeno e não com finalidades medicinais.

A "fada verde"

O licor de absinto era muito apreciado por famosos poetas e artistas como Van Gogh, Rimbaud, Baudelaire e Toulouse-Lautrec, entre outros. Ao que tudo indica, aquele destilado de ervas cor verde-esmeralda, também chamado de "fada verde", seria o responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh. E, recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, identificaram nas substâncias presentes nos destilados preparados com losna ou absinto, propriedades capazes de causar convulsões, alucinações, surtos psicóticos; dependendo da dosagem. Além disso, os estudos demonstraram que o uso crônico pode provocar danos neurológicos permanentes.

A combinação entre a dosagem de álcool e as substâncias presentes nesta planta pode ser perigosa e, por essa razão, a maioria dos especialistas costuma recomendar o uso da losna ou absinto na forma de infusão (no máximo duas xícaras de chá ao dia) e evitar a extração do sumo por maceração.

Planta pertencente à família das Compostas, originária da Europa, a losna (Artemisia absinthium L.) é uma planta herbácea, perene (cultivada muitas vezes como anual), que alcança de 1 a 1,20 m. de altura. Produz folhas recortadas, de coloração verde-acinzentada e flores amarelas, bem miúdas e reunidas em pequenos cachos. Em algumas regiões do Brasil a floração da planta é difícil, principalmente em locais muito quentes ou com sol intenso; por isso, para finalidades medicinais costuma-se utilizar mais as folhas do que as flores.

Também é muito importante lembrar que a losna ou absinto (Artemisia absinthium L.) não deve ser confundida com outra planta muito conhecida: o abrótano (Artemisia abrotanum L.) que apresenta folhas mais finas e sabor agradável.

Cultivo e colheita

A losna se propaga por meio de sementes, por divisão de touceiras ou por estaquia. O solo ideal para o cultivo deve ser argilo-arenoso, fértil e profundo. Para o plantio em vasos ou jardineiras, é essencial garantir uma profundidade de 30 cm, mais ou menos.

A planta é muito resistente a doenças, raramente é atacada por insetos, porém, é essencial a retirada de ervas daninhas que podem prejudicar o seu desenvolvimento. Recomenda-se cautela com a aplicação de adubos ou fertilizantes (naturais ou químicos), pois o excesso pode prejudicar o aroma da losna.

A adição de composto orgânico em doses controladas favorece o cultivo.
Se a finalidade da colheita for as folhas, deve-se retirá-las aos primeiros sinais da formação dos futuros órgãos de reprodução, para evitar a perda dos princípios ativos.

Caso a finalidade seja obter as flores, a colheita deve ser realizada assim que estas começam a se formar, pois a planta permanece florida por cerca de sete dias e, após esse período, as flores se tornam muito sensíveis, desmanchando-se e caindo com facilidade. Para melhor conservação, a losna pode ser armazenada seca: coloque as folhas e flores estendidas em local ventilado, longe da exposição aos raios solares e depois guarde em caixas de madeira, de preferência.

Usos e cuidados

Os componentes responsáveis pelo uso medicinal da losna ou absinto são: um óleo essencial (vermífugo e emenagogo), absintina (responsável pelo sabor amargo), resinas, tanino, ácidos e nitratos. Como planta digestiva e aperitiva, sua ação se dá pelo estímulo à salivação e à produção de sucos gástricos e, por essa mesma razão, não é recomendada para pessoas que apresentam problemas como úlceras e gastrite.

Usada corretamente e sem excessos, a infusão da losna pode aumentar a secreção biliar, favorecendo o funcionamento do fígado e, ingerida meia hora antes da refeição, pode agir como estimulante do apetite e auxiliar da digestão.

Quanto aos cuidados, não é recomendável o uso por mulheres grávidas e crianças. Além disso, a maceração da planta com álcool, segundo alguns estudos já realizados, apresenta graves perigos, podendo provocar dependência, alucinações e convulsões.

Curiosidades

A palavra "vermute" tem tudo a ver com a losna: significa "warmwurz", ou seja, "raiz quente" e é o nome da losna em alemão. Já em grego, a palavra losna significaria "privado de doçura". A medicina popular desaconselha o uso da losna por mulheres em fase de amamentação, pois a planta "torna o leite amargo".


sábado, 14 de julho de 2012

Jurubeba

Jurubeba é uma pequena árvore da família das Solanaceae, cresce a 3 metros em altura, podendo chegar a 5 metros, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul.

Existem dois tipos de jurubeba: macho e fêmea.

Os usos indígenas de jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso em medicamentos brasileiros foi bem descrito.

Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia"

Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcalóides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas, O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tubérculos comestíveis, embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz.

Muitas espécies de Solanum são conhecidas como "jurubeba", tal como a Solanum paniculatum, uma planta nativa nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência.

Os principais nomes populares são: jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Hortelã

Condimenta doces, legumes, saladas, carnes e licores. É mais conhecido por ser consumido em chá. Também conhecida como menta, a hortelã é uma planta aromática de cheiro puro, refrescante e de sabor intenso.

Existem muitas espécies, algumas originárias do sul e do centro da Europa, outras do Oriente Médio e do centro da Ásia.

Diziam os antigos que conhecê-las todas era tão difícil quanto contar as centelhas que saíam do vulcão do monte Etna. No Brasil as espécies mais conhecidas são hortelã-de-cozinha, hortelã-de-horta, hortelã-pimenta e poejo.

A maior produtora atualmente é a região norte da África. Seu óleo essencial (em concentrações de até 2,5% nas folhas secas) é composto principalmente por mentol (50%), responsável pelo odor refrescante e encontrado em folhas mais velhas.

A hortelã é uma planta herbácea de até 80 cm de altura. Suas folhas são opostas, ovais e serrilhadas.

A hortelã é muito utilizada no Oriente Médio e, ao lado do tomilho, é a especiaria mais forte da culinária britânica. Atualmente sua principal zona de cultivo é o norte da África.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Guaranazeiro

Nativa da Amazônia, a Paullinia cupana, Guaraná, foi descrito pela primeira vez em 1826 pelo botânico alemão Karl von Martius.

Segundo a lenda, a Paullinia cupana, Guaraná, nasceu dos olhos de um indiozinho da tribo Maués morto pelo índio Jurupari, o mau espírito e invejoso.
A tribo Maué ficou desconsolada e não acreditava no que havia acontecido.

Do céu veio um raio, enviado por Tupã, que interrompeu as lamentações de todos: teriam que retirar os olhos do pequeno índio e plantá-los para que deles nascesse uma planta sagrada para saciar a fome, o cansaço e doenças dos Mauenses.

A cova foi regada com lágrimas de todos da tribo e em seguida os olhos foram enterrados.

Ali nasceu o primeiro pé de Paullinia cupana, Guaraná.

Hoje sabe-se que a Paullinia cupana, Guaraná, tem ação comprovada no auxílio de esgotamento físico e mental, astenia, depressão nervosa, estresse, enxaqueca e estimulante da atividade cerebral.

Nome científico do Guaraná: Paullinia cupana Kunth.

Família do Guaraná Paullinia cupana: Sapindaceae.

Outros nomes populares do Guaraná Paullinia cupana: uaraná, guanazeiro, guaranauva, guaranaína; guarana (inglês), guaraná (espanhol), guaranà (italiano), guaranastrauch (alemão).

Constituintes químicos do Guaraná Paullinia cupana: alcalóides (teobromina (flor, folha e caule), teofilina e guaranina), ácido cafeotônico, ácido málico, amido, adenina, ácido tânico, cafeína, catequina, colina, dextrina, guaranatina, glicose, hipoxantina, mucilagem, óleo fixo, pectina, pigmento vermelho, reponina, resina, saponina, tanino, teofilina, timbonina, xantina.

Propriedades medicinais do Guaraná Paullinia cupana: adstringente, afrodisíaca, analgésica, antibacteriana, antiblenorrágica, antidiarréica, anti-esclerótico, antitérmica, aperiente, cardiotônico, desinfetante, diaforético, diurética; estimulante físico, psíquico e do sistema nervoso; febrífugo, refrigerante, regulador intestinal, retardador da fadiga, revigorante, sudorífera, tônica, vasodilatadora.

Indicações do Guaraná Paullinia cupana: anorexia, arteriosclerose, atonia, cefaléia, depressão, desgaste físico e mental, diarréia, disenteria, dispepsia, dor muscular, enxaqueca, estômago, estresse, fadiga física e mental, fadiga motora e psíquica, febre, flora intestinal, função cerebral, gases, hemicrania (dor em um dos lados da cabeça), hemorragia, impotência sexual, infecções, males do estômago, mialgia, prevenir esclerose, prevenir insolações, prisão de ventre, problema gastrintestinal, raciocínio, tonificar o coração.

Parte utilizada do Guaraná Paullinia cupana: sementes.

Contra-indicações/cuidados com o Guaraná Paullinia cupana: crianças, mulheres gestantes ou que amamentem, cardíacos e hipertensos devem evitá-lo. Não tomar à noite pois pode tirar o sono.

Efeitos colaterais do Guaraná Paullinia cupana: devido à teobromina, teofilina e guaranina (análogas à cafeína), pode causar dependência física e psicológica. Essas substâncias agem nos receptores do sistema nervoso central (SNC) como as anfetaminas e a cocaína, entretanto, seus efeitos são bem mais fracos. Usado a longo prazo ou em doses excessivas pode causar insônia.

O Guaraná, Paullinia Cupana, tradicionalmente utilizado como fonte de energia, contra a sensação de fadiga causada pelo esforço intelectual e físico. Hoje te ação comprovada no auxílio de esgotamento físico e mental, astenia, depressão nervosa, estresse, enxaqueca e estimulante da atividade cerebral.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Guaco

Conta-se no Peru que quando certas aves são picadas por cobra, alimentam-se das folhas de guaco para contrabalançar a ação do veneno. Não por acaso, no Brasil, um dos nomes populares da planta é erva-das-serpentes.

É sempre importante reiterar porém que a sua apregoada ação anti-ofídica ainda não foi suficientemente estudada. Pio Corrêa, no clássico Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, cita outros usos tradicionais no tratamento de histeria e cólicas menstruais.

Mas é na propriedade expectorante das suas folhas que reside a característica verdadeiramente consagradora, razão de ser de diversos estudos e principal responsável pela sua ampla disseminação. Inúmeros xaropes receitados pela medicina convencional são feitos à base da erva, cuja prescrição é bastante difundida em postos de saúde, constituindo-se num dos fitoterápicos mais usados no país.

Porém, nem todas as suas propriedades foram investigadas. Em testes realizados no CPQBA - Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, SP, por exemplo, os extratos da planta têm se mostrado eficientes no tratamento de úlceras em ratos. Um de seus componentes apresentou também atividade anti-tumoral. Mas é importante salientar o caráter experimental desses testes de laboratório.

E, principalmente, não omitir seus efeitos colaterais. Eles existem e são sérios. Antes que se pense no guaco como uma nova panacéia curativa para o câncer, é bom saber: o mesmo composto que destruiu as células tumorosas pode ter originado mutações em células normais.

Até 15 anos atrás, as folhas de guaco utilizadas nos medicamentos vinham direto da Mata Atlântica. A planta é muito comum nas beiradas das florestas da Serra do Mar. Hoje em dia, já há plantações.

O guaco é um arbusto lenhoso que precisa fazer uma verdadeira ginástica de contorcionista de circo para exercer sua vocação de planta trepadeira.

Como não possui gavinhas, sobe em espiral, enrolando seu caule em suportes que encontra pela frente. A inflorescência em tom creme é singela e tem reduzido efeito ornamental. Mas seu perfume intenso é inconfundível e pode ser identificado a distância, especialmente após um dia de chuva. A planta é altamente melífera. Durante a floração na primavera, credencia-se como um dos pontos de encontro preferidos das abelhas. Quando amassada, sua folha em forma de lança libera um aroma que lembra um pouco o da baunilha.

O guaco brasileiro habita as bordas da Mata Atlântica litorânea. Nas encostas da Serra do Mar, viceja em altitudes de até 800 metros. Áreas semi-sombreadas são as suas preferidas, mas ele cresce a sol pleno também, embora apresente excesso de inflorescências nesse caso. O mesmo ocorre em relação aos solos. Os argilosos e argilo-arenosos são mais indicados, mas a planta se adapta razoavelmente bem em outros tipos de terreno. Flexível até na sede, exige pouca água até os seis meses.

Está provado que o chá de guaco age dilatando os brônquios, mas os mecanismos dessa ação, como o efeito se desencadeia pelo metabolismo humano, ainda não foram totalmente decifrados. O que se sabe com segurança é que o chá deve ser feito com folhas frescas, já que elas perdem as propriedades químicas rapidamente. É possível que o princípio ativo da ação expectorante seja responsável também pela redução da acidez no estômago de ratos de laboratório, diminuindo assim as lesões ulcerosas. Outra qualidade pouco conhecida dessa trepadeira foi detectada na Faculdade de Odontologia da Unicamp.

Os testes avaliaram a ação antiplaca de 20 extratos de plantas diferentes.

O do guaco foi o que apresentou os melhores resultados. Há uma precaução no entanto com o seu uso por hemofílicos. Um dos compostos da planta pode alterar a coagulação do sangue, causando hemorragias. Mesmo para quem não sofre do mal, recomenda-se evitar o seu uso prolongado. Outro motivo para cautela: doses altas podem causar vômitos e diarréia.

O herborista Máximo Ghirello, de Campinas, que incorpora fundamentos da medicina chinesa ao seu trabalho, indica um tratamento preventivo com chá. Tomado no outono, segundo Ghirello, ele tonifica e ativa os pulmões, preparando-os para o período de inverno, quando são mais requisitados e se tornam mais vulneráveis. A recomendação é tomar o chá três vezes ao dia, durante dez dias. A colheita das folhas deve ser feita com tesouras de poda, retirando-se ramos secundários e preservando-se o tronco principal. A operação pode ser realizada duas vezes por ano: em meados da primavera e no início do outono.

Um outro estudo científico da Unicamp descobre propriedades no Guaco que vão além do seu uso como matéria prima para chás e xaropes expectorante.

O Guaco, um tipo de cipó-trepadeira encontrado na Mata Atlântica usado há muitos anos na medicina popular para resolver problemas respiratórios, acabou de ter sua capacidade de cura testada e comprovada por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O estudo, feito pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da universidade, constatou o efeito da erva no combate ao câncer, úlcera, infecção por microorganismos, além da prevenção da cárie.

As experiências in vitro do Guaco contra a placa dental bacteriana e desenvolvimento da cárie duraram dezoitos meses. A ação terapêutica foi eficiente no combate ao estreptococos do grupo mutans, responsáveis pela placa. Os resultados demonstraram que o efeito foi conseguido com pouca quantidade de erva o que significaria o desenvolvimento de um medicamento mais barato. Já os efeitos contra a úlcera começaram a ser descobertos em 1998, da parceria entre Vera Lúcia Garcia, coordenadora das pesquisas, e João Ernesto de Carvalho, coordenador de Farmacologia e toxicologia do CPQBA da Unicamp.

Os testes feitos em ratos demonstraram que uma das substâncias presentes no Guaco, a cumarina, e outros extratos da erva inibem a secreção de ácido pelo estômago. Essa diminuição ocorre com o bloqueio dos receptores do neurotransmissor acetilcolina.

"Uma das descobertas aponta que o guaco é muito mais eficiente no combate à úlcera gástrica do que inúmeras outras plantas utilizadas regularmente na composição de medicamentos para a doença", conta Vera. Isso porque os extratos e a cumarina presentes na planta bloqueiam os receptores do neurotransmissor acetilcolina, diminuindo a secreção de ácido produzida pelo estômago. O mecanismo de ação é semelhante ao que ocorre no sistema respiratório - o bloqueio aos mesmos receptores provoca a broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica. Neste caso, a espécie utilizada é a Mikania laevigata.

"Existem dois tipos de guacos que, apesar de serem fisicamente muito parecidos, possuem composições químicas bastante diferentes", explica a pesquisadora. No caso de uma droga contra a úlcera, a pesquisadora diz que o caminho pode ser mais curto, uma vez que os testes em animais já foram concluídos. "Faltam apenas os experimentos em seres humanos. Para isso, estamos buscando parcerias com indústrias que tenham interesse em colocar o produto no mercado."

No sistema respiratório também ocorre o bloqueio desses receptores possibilitando uma broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica- isso já descoberto pela medicina popular e agora provado cientificamente. Além da cumarina, estão sendo testados outros princípios ativos do Guaco, como os ácidos diterpêndicos.

Os pesquisadores usaram a técnica in vitro para colocar o extrato da erva em contato com 5 tipos de linhagens tumorais (mama, mama resistente aos medicamentos tradicionais, melanona, leucemia e pulmão). Os resultados foram muito positivos com o melanona (mais comum tipo de câncer de pele): 78% das células cancerígenas foram eliminadas. Nos demais tipos de tumores o índice ficou entre 40% e 50%. "Cada tipo de câncer é uma doença com etiologia, tratamento e evolução diferente, é muito difícil descobrir uma droga eficaz em todos os tratamentos", afirma Carvalho. Outra etapa está em andamento, na qual será testada uma medicação contra o câncer de próstata, ovário, rim e cólon.

Ainda não se sabe se o Guaco pode ter algum efeito tóxico com a células saudáveis. Folhas de Guaco foram amplamente coletadas na Mata Atlântica para uso de medicamentos fitoterápicos. Atualmente, há cultivos comerciais, principalmente no Paraná. A própria pesquisa da Unicamp começou pela parte agrícola, focalizando o desenvolvimento de um sistema de cultivo que evitasse o extrativismo predatório.

O médico medieval Fracastoro em sua obra "Sifílide ou morbo gálico" publicada em 1530 enaltece os efeitos do guaco, descoberto poucas dpecadas atrás na América e considerada como miraculoso na cura da sífilis. A descoberta do uso dessa planta como medicamento é atribuída pelo autor a um dos deuses. Na sua descrição poética aparece a figura do jovem pastro Sífilo, de quem a moléstia tomou o nome numa invenção do próprio Fracastoro. Sífilo contraíra o terrível mal como castigo por ter blasfemado contra o Sol. Arrependido ele suplicava perdão aos deuses, até que Diana se comoveu e prometeu fazer com que ele encontrasse o remédio depois de acompanhá-la em uma viagem ao país dos mortos.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Funcho

A família das Umbelíferas pertence o funcho (Foeniculum officinale), que no estado silvestre se encontra nas sebes, margens dos campos, entulhos e entre as rochas.

Corta-se a planta a 5 cm do solo, desenterram-se os renovos e dispõem-se atados numa cova que se recobre cuidadosamente com Palha ou terra. No segundo ano transplantam-se as plantas mais desenvolvidas para o campo propriamente dito, onde as flores e os frutos amadurecem. Plantam-se de dois em dois à distância de 50 a 70 centímetros.

O tempo da germinação é de três semanas. As umbelas centrais, que são as primeiras, formam os melhores frutos. O teor de óleo essencial aumenta durante a conservação por todo o inverno.

Composição e Propriedades

O óleo contido nos frutos na proporção de 4,5 % deve ser considerado o principal elemento ativo. Encontram-se, também, no funcho, de 9 a 12%, óleo gorduroso, proteína, fécula e açúcar. O óleo de funcho consiste sobretudo em 50 a 60% de anetol, um derivado de fenilpropano, além de diferentes compostos terpênicos, dpineno, dipenteno, canfeno, d-limonemo, etc. O pineno, numa proporção aproximada de 20 %, produz sabor amargo e conforado.

O efeito é principalmente determinado pelo óleo essencial, sobretudo pelo anetol que constitui um bom meio de expectoração. Acelera a atividade dos epitélios vibráteis das vias respiratórias. Além disso, o óleo possui a capacidade de eliminar as flatulências e fomentar a digestão. O efeito do emprego popular de cozimentos de funcho nas inflamações das pálpebras não está cientificamente comprovado.

Emprego Como Remédio

O funcho é proveitoso no catarro bronquial, asma, tosse renitente, flatulência intestinal, astenia gastrintestinal e prisão de ventre crônica.

No emprego como infusão expectorante, misturam-se para maior eficácia 26 g de funcho, 25 g de líquen e 25 g de malvaísco; deita-se sobre uma colherada desta mistura uma xícara de água fervente; deixa-se repousar durante quinze minutos e bebem-se, durante o dia, várias xícaras quentes.

Para emprego como infusão contra as flatulências, misturam-se 25 g de funcho, 25 de anis, 25 de coentro e 25 de cominho; prepara-se uma infusão com uma colherada desta mistura, e tomam-se uma ou duas xícaras por dia.

Só com os frutos, prepara-se uma bebida com água ou leite, que as mães gostam de dar aos pequenos para combater os flatos e resfriados.

Emprego Como Condimento

Os rebentos recentes empregam-se muito na Europa Meridional como verdura. Trata-se, quase sempre, não do funcho de especiaria (Foeniculum vulgare ou officinale), mas sim do chamado funcho comestível ou doce (Foeniculum dulce).

Como condimento, os frutos têm os requisitos necessários. Empregam-se inteiros, porque partidos ou moídos perdem o aroma. Os frutos ou o óleo que deles se obtém empregam-se como condimento popular, principalmente em confeitaria, sopas, flans, pudins. Também se empregam os frutos e os gomos meio maduros com agrado para juntar aos pepinos e ao chucrute, quase sempre em combinação com o endro e estragão. As folhas tenras e os gomos recentes constituem um acréscimo para saladas, pepinos e molhos de ervas. As folhas, sós, são uma boa guarnição para pratos frios.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Espinafre

Se alguma vez você comeu espinafre achando que ia ficar forte igual ao Popeye, já deve ter percebido que esse vegetal não é tão poderoso quanto promete o marinheiro nos desenhos animados.

O mito do espinafre começou com uma confusão muito tempo atrás, em 1870, envolvendo um pesquisador americano, o Dr. E. Von Wolf. Um artigo publicado por ele saiu com um erro de datilografia: faltou uma vírgula no número que indicava a quantidade de ferro do espinafre.

O resultado foi que a verdura ficou parecendo que tinha dez vezes mais ferro do que realmente possuía.

O ferro é um mineral importante para o organismo humano e a falta dele provoca anemia ferropriva, uma doença que geralmente deixa a pessoa sem fome, cansada, pálida, sem disposição para o trabalho e com dificuldade para aprender.

Somente em 1937, químicos alemães decidiram reinvestigar o milagroso vegetal e corrigiram o erro. Mas Popeye já estava por aí, propagando o mito do espinafre. O personagem surgiu em 1929, nas histórias em quadrinhos, e em 1933 estrelou, pela primeira vez, um desenho animado.

Além de o espinafre não ter tanto ferro quanto se acreditava, hoje, também se sabe que o ferro presente nos vegetais não é muito bem absorvido pelo organismo. Por causa disso, as melhores fontes desse mineral não são o feijão, a beterraba e o espinafre, como muita gente pensa, mas as carnes, principalmente vísceras, como fígado, rim e coração. No caso específico do espinafre, ele possui ainda uma substância chamada ácido oxálico, que impede a absorção do ferro, fazendo com que ele seja eliminado nas fezes.

Mas o ferro contido nos vegetais pode ser melhor absorvido se você comer, na mesma refeição, carnes ou alimentos com alto teor de vitamina C, como acerola, abacaxi, kiwi, laranja, limão, pimentão, repolho ou tomate, que são estimulantes. Essa combinação é fundamental para os adeptos da dieta vegetariana.

Agora que você já sabe a verdade sobre o espinafre, não vai achar que pode cortá-lo do seu cardápio e finalmente se ver livre dele. O alimento predileto do marinheiro Popeye possui substâncias antioxidantes, que ajudam a prevenir diversas doenças, como o câncer, além de muitas vitaminas.

Uma xícara de espinafre cru fornece toda a quantidade de vitamina A que uma pessoa precisa por dia e quase metade da quantidade de vitamina C diária recomendada pelos médicos. Ele também fornece folato, um nutriente importante para mulheres grávidas ou que estejam planejando engravidar, pois ajuda a prevenir defeitos neurológicos no bebê.

Em grande quantidade, no entanto, o espinafre pode ter até efeitos tóxicos, principalmente, quando consumido com alimentos ricos em cálcio. Em 1951, nos Estados, crianças recém-nascidas morreram ao tomar leite batido com espinafre. O objetivo era enriquecer a bebida com ferro. Então, nada de exageros, ainda mais com crianças muito pequenas.

domingo, 8 de julho de 2012

Erva-Doce

Flores hermafroditas, pentâmeras, amarelas. Fruto oblongo, inicialmente verde-azulado, de formato oval a oblongo, glabro, achatado de um lado e convexo no outro, composto de dois aquênios de 3 a 4mm de comprimento por 1 a 2mm de largura, com estrias longitudinais.

Uso doméstico

Sua semente e folha pode ser usada em biscoitos, pães, bolos, torta de frutas, maçãs assadas, caldas de doces,azeitonas,balas e canapés. As folhas são ótimas para saladas e para temperar o feijão branco. As sementes perfumam as carnes em grelha, ,lingüiças e salames. Nos pratos salgados, dá um toque diferente ao escabeche de peixe, às sopas, ao cozimento de castanhas portuguesas, à salada de beterraba e ao pão integral.Seu óleo essencial é utilizado na fabricação de licores,perfumes e cosméticos.

Uso medicinal

As sementes são indicadas para constipações estomacais e intestinais, dismenorréias, dores de hérnia , cólicas , afecções das vias urinárias , impigem, cansaço oftálmico , diarréias fétidas , azia e olhos inflamados .

sábado, 7 de julho de 2012

Escarola

Uma famosa desconhecida: apesar de a escarola ser velha amiga dos brasileiros, muito popular como cobertura de pizza e recheio de esfihas, é grande o números de pessoas que não sabe que a verdura é, na verdade, um tipo de chicória — que, com esse nome, parece não ser tão comum por aqui.

As folhas dos diversos tipos de chicória são utilizadas na culinária desde o tempo do Antigo Egito e na civilização greco-romana, os poderes medicinais da planta já eram valorizados.

Assim, tornou-se ingrediente de diversas formulações farmacológicas: tônicos, bebidas para combater a febre, xaropes vermífugos, purificantes do sangue...

Os índios Cherokees, da América do Norte, empregam a sua raiz para fazer um tônico do sistema nervoso. Algumas tradições atribuem às chicórias o poder de tratar de insuficiência hepática a herpes labial.

O que se sabe hoje é que as chicórias têm uma substância com efeito prebiótico, que estimula a produção de bactérias benéficas que vivem no trato intestinal e servem para, entre outras coisas, aumentar as defesas do organismo e melhorar o trabalho do intestino.

Por volta do século 13, tipos de chicória como a escarola começaram a se disseminar pelo continente europeu. No Brasil, há registros de cultivo do vegetal desde a chegada da família real portuguesa ao país, mas foram os imigrantes italianos os principais responsáveis pela sua popularização.

Nas compras

Variedades

O tipo de chicória que é conhecida como escarola no Brasil é a LISA. Lembra a alface, mas as folhas são mais duras e de um verde mais escuro.

No Brasil, os principais cultivares de escarola são a LISA IMPERIAL, LISA DA BATÁVIA e BRANCA DE CORAÇÃO CHEIO.

Como Escolher

Os maços devem estar bem formados, sem muitas folhas se soltando.

Descarte os exemplares com folhas murchas ou queimadas, com manchas ou marcas de inseto.

Quando as folhas estão mais claras, o gosto amargo típico da escarola é menor. Porém, as folhas de verde mais escuro costumam ser mais ricas em nutrientes.

Melhor Época do Ano

O pico de safra da escarola é entre julho e setembro, mas também há safra em janeiro. Nesses períodos, encontram-se os melhores exemplares, por menor preço.

Em casa

Como Conservar

Fora da geladeira, a escarola pode ser guardada em saco plástico aberto ou com a parte de baixo imersa em uma vasilha com água, em local fresco, por um dia.

Na geladeira, deve ficar na parte mais baixa, em saco plástico fechado ou vasilha com tampa. Dura entre três e quatro dias.

O ideal é guardar o maço inteiro e ir retirando as folhas conforme a necessidade. Se for desfolhada, lave bem, enxugue completamente e guarde as folhas separadas em saco plástico.

Para congelar a chicória ela deve ser cozida previamente. Antes de levar ao congelador, aperte bem as folhas para retirar o excesso de umidade.

Dicas de Preparo

As folhas de escarola soltam muita água durante o cozimento. Por isso, não é preciso acrescentar água para cozinhá-las. Depois de cozidas, as folhas devem ser espremidas, para retirar o excesso de líquido.

Ideias para Servir

Provavelmente a receita mais popular de escarola é a pizza coberta com a verdura refogada. No Brasil costuma-se acrescentar pedaços de queijo mussarela.

A escarola picada e refogada também é o recheio preferencial das esfihas de verdura, praticamente tão populares quanto a pizza.

Crua e picada, a escarola é servida em saladas, misturada ou não com outras verduras.

A escarola também pode ser o acompanhamento da refeição, refogada com alho ou cebola. Cubinhos de tomate podem ser acrescentados ao refogado. Se, além do tomate, o aliche entrar na receita, temos a típica escarola à italiana.

A escarola pode substituir o espinafre na maioria das receitas em que este entra como recheio, como tortas ou massas recheadas.

As folhas também são boas para o preparo de sopas.

Principais Nutrientes

Rica em fibras, a raiz da escarola tem uma substância chamada inulina, de efeito prebiótico, que estimula a produção de bactérias benéficas que vivem no trato intestinal.

É ótima fonte das vitaminas antioxidantes C e E, de vitaminas B e de minerais como o cálcio, o potássio, o fósforo, o ferro. É rica também em carotenóides.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Erva-Cidreira

Melissa officinalis é o nome clássico que vem do fato de ter flores amarelas que atraem abelhas (melissa, em grego), mas é conhecida ainda como erva-cidreira.

Também é conhecida como lemon balm, abreviação de bálsamo e variação do hebraico Bal-Smin, chefe dos óleos.


Princípios ativos

Suas folhas emitem um odor agradável, semelhante ao do limão, quando machucadas e elas contém, pelo menos, 0,05% de óleo volátil de evaporação média, composto por citronelol, geraniol, linalol (são álcoois), citral, neral (os três dão de 50 a 75% do óleo); e ainda ácido fenol carboxílico (4% do rosmarínico), ácido citronélico, acetato geranílico cariofileno e taninos.

O famoso óleo de melissa é obtido por destilação por vaporização de ervas colhidas no início da floração.

Uso medicinal

É considerada uma panacéia com propriedades rejuvenescedoras, tal a gama de suas ações. Paracelso a considerava "o elixir da vida". Parece ter efeito calmante e revitalizante sobre a mente.

É um calmante, antidepressivo, antialérgico (embora possa irritar peles sensíveis), digestivo, revigorante, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero, tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico, antivômitos.

Tem grande afinidade para o organismo feminino, onde, além de regular as menstruações, tranqüiliza e relaxa em casos de cólicas, tem efeito tônico no útero e, às vezes, pode ajudar em casos de esterilidade.

No único estudo experimental até agora realizado sobre possíveis efeitos sedativos, este óleo foi administrado de 3 a 100mg/kg e, embora alguns efeitos se conseguiram (Wagner e Sprinkmeyer, 1973) a ausência de respostas dependentes de dose sugere que os efeitos não foram específicos.

A Comissão Alemã, em 1984, citou a "insônia nervosa e problemas gastrintestinais funcionais" como curáveis com preparados de melissa.

May e Willuhn, em 1978, mostraram que as folhas tinham propriedades virostáticas potentes e Vogt et al., em 1991, fez um creme de folhas e aplicou em pacientes com herpes simplex e teve sucesso.

Externamente, lava feridas, combate mau hálito e revigora em banhos (Castro, 1985).


Dosagem indicada

Recomendam-se doses de 1,5 a 4,5 g da droga vegetal (no caso folhas) seca; infuso ou decocto a 3% e toma-se de 50 a 200 cm3/dia; extrato fluido de 1 a 6 cm3/dia; ou xarope de 50 a 200ml/dia.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Couve

A couve (Brassica) pertence à numerosíssima família das Crucíferas (umas 1.900 espécies), que compreende quase sem exceção todas as verduras. Contém numerosos óleos consistentes e enxofrados que estimulam o apetite e reforçam as secreções das glândulas, especialmente no tubo gastrintestinal.

As formas de cultivo mais comuns são a couve portuguesa, a couve galega, a couve lombarda, a couve crespa ou de Sabóia, a couve de Bruxelas, a couve-rábano, a couve-flor, o repolho, os brócolos, os nabos e as nabiças.

Composição e Propriedades

Até hoje, infelizmente, os químicos não nos podem dizer muita coisa a este respeito. Conhece-se, porém, o conteúdo das diferentes variedades de couves quanto às principais substâncias alimentares, conforme se vê no quadro que se segue.

O conteúdo mineral corresponde completamente ao das outras espécies de verdura. Além disso, todas as variedades de couve, assim como todos os legumes, possuem elevado conteúdo de bases.

Todas as variedades de couve mostram, de resto, um pequeno conteúdo de caroteno, primeiro escalão da vitamina A, assim como de vitaminas B i, B2, C e K.

Os elementos que entram na sua composição são muito escassos em calorias, mas, segundo a experiência mostra, satisfazem muito bem a sensação de apetite. Esta característica pode aproveitar-se no regime para obesos, preparando pratos pobres em calorias, isto é, sem gordura nem fécula.

As variedades de couves com paredes celulares delgadas, como a couve-flor, a couve-nabiça, podem, por outro lado, preparar-se com a ajuda de nata, ovos e gordura para a alimentação de enfermos desnutridos ou de alimentação difícil.

Também, como nas demais verduras de folhas, as variedades de couves constituem um alimento sumamente apropriado para os diabéticos, porque suportam muitíssimo bem o seu conteúdo em hidrocarbonatos, talvez por facilitarem o aproveitamento das matérias auxiliares, que atuam de forma análoga à insulina.

Para o homem são, a couve tem sido desde a Idade Antiga um alimento sempre importante e variado, como hoje.

Nunca se insistirá demasiado em que os legumes, as verduras, os cereais, as frutas e os produtos lácteos, numa preparação simples e natural, oram sempre a base (la alimentação sã, continuando ainda agora a sê-lo.

Com respeito à composição química da couve e das suas variedades, indica-se com frequencia que são pobres em proteínas e matérias nutritivas, que cheiram mal, que são de difícil digestão e de pouco proveito, que têm poucas calorias, que carregam os intestinos, que produzem flatulências, etc.

Estas propriedades negativas, freqüentemente atribuídas às hortaliças, e em especial à couve e suas variedades, só se justificam quando as verduras se desnaturalizam e se desvalorizam totalmente na cozinha «seleta», cozendo-as, suavizando-as com bicarbonato de sódio, branqueando-as, salgando-as e recobrindo-as de farinha ou de extratos de carne ou de gorduras salgadas.

Na forma mais simples, consumidas em parte como alimento cru, em parte impregnadas com pouca gordura, as nossas variedades de couve tomadas em quantidades moderadas constituem um importante alimento preventivo para jovens e velhos.

Emprego do Suco de Couve nas úlceras do Estômago

O suco de couve pode ostentar já um significado médico. O médico americano Dr. Carnett Cheney (Universidade de Stanford) tem publicado, desde 1940, uma série de trabalhos científicos sobre o tratamento das úlceras do estômago e do duodeno com suco de couve.

Obtinha o suco centrifugando couve crua e fazia os doentes tomarem quatro ou cinco vezes diariamente, de 200 a 250 cm3 de suco cru. Informou que mediante este tratamento ao cabo de cinco dias, no máximo, conseguia fazer cessar as dores, curando-se as úlceras, nuns catorze dias. O Dr. Cheney vê a causa deste efeito principalmente na presença de algum elemento ainda desconhecido e a que chama vitamina U. Esta substância, de existência ainda insegura, está contida na gordura da couve, encontrando-se também provavelmente na salsa, na alface, no aipo, nos ovos e no leite cru. A couve refogada ou murcha perde esta vitamina.

Os médicos suíços Strehler e Hunziker praticaram o tratamento de úlceras com suco de couve.

Fizeram os doentes tomarem, além de um litro diário do dito suco, com uma ligeira alimentação básica, um litro de purê de banana com um pouco de nata e ovos. Com este regime não conseguiram acelerar o processo de cura por efeito da vitamina U (fator antiulceroso) nos doentes de gastrite e úlcera do estômago. Nos enfermos de úlcera do duodeno e de colite ulcerosa puderam, em contrapartida, comprovar uma redução do tempo de cura. Esta, nos doentes de úlcera do duodeno, precisou, em média, de três semanas e, num dos casos, apenas de sete dias. Os êxitos dos mencionados médicos na inflamação do duodeno, sempre de difícil cura, resultaram sobremaneira decisivos e deverão servir de base para posteriores investigações.

Outras Indicações Terapêuticas

Na alimentação dos doentes, como se disse atrás, cumpre ter em conta as características dietéticas das diversas variedades da couve.

Assim, aos doentes do estômago e do intestino devem dar-se naturalmente só as espécies mais finas, tais como couve-nabiça e couve-flor, ao passo que aos doentes de atonia intestinal ou com prisão de ventre crônica se devem dar as espécies mais fortes, excitantes das paredes intestinais, como couve galega e couve de Bruxelas, com as quais se sentirão aliviados, desde que não se apresente uma excepcional proliferação bacteriana intestinal; neste caso, seria mais oportuno um produto ácido do repolho, cru ou cozido ou em suco, e chegaríamos assim a um derivado da couve que não só é são como também possui um evidente valor médico, a couve fermentada (Chucrute).

Não só na Alemanha, como também em muitos outros países se aprecia muito como alimento o repolho fermentado ou chucrute.

Mas não se passou por alto o seu valor medicinal. De acordo com os nossos atuais conhecimentos, a couve fermentada consegue atuar como meio de cura e de correção de uma série de doenças. A prevenção das avitaminoses assim como a sua cura é devida ao elevado conteúdo deste alimento em minerais e vitaminas, e especialmente a C .

Evacua os sucos e gases pútridos, atua como remédio na úlcera do estômago, reforça os nervos e colabora em grau considerável para a formação de sangue; deste modo, muitas pessoas que comem o chucrute vêem transformar-se a palidez do rosto num belo colorido que é sinal de saúde.

O princípio curativo da couve fermentada é devido provavelmente ao elevado conteúdo em ácido láctico natural, de cujo favorável efeito em doenças muito difundidas, como arteriosclerose, reumatismo, gota e males hepáticos, muito haveria que dizer.

E temos de citar ainda outra coisa. A couve fermentada já demonstrou o seu valor como alimento para diabéticos; consumida em grande quantidade tem influído muitas vezes favoravelmente no quadro clínico.

O suco de couve crua é especialmente eficaz como remédio contra as lombrigas, nomeadamente nas parasitoses intestinais infantis. Não só é barato como também, e ao contrário dos específicos vermífugos freqüentemente tóxicos, é absolutamente inofensivo.

Se se deseja conservar o valor medicinal da couve fermentada, devido ao seu conteúdo em vitaminas, minerais, ácido láctico e colina, o consumo deverá ser a cru. Podemos prepará-la de diferentes modos. Corta-se ou pica-se, depois de espremido o suco, para que este não encharque a tábua de picar e se perca. Uma vez fragmentadas as folhas, volta-se a acrescentar-lhes o suco. Mistura-se depois cebola e finalmente alho e azeite. Se não se tinha já deitado temperos, juntam-se agora. Douram-se em azeite cebolas finalmente cortadas e deitam-se sobre a couve. Querendo comer morna, levar ao forno, mas não deve chegar a aquecer.

Também se acrescentam maçãs raladas e mistura-se tudo isto com alguma nata batida. Finalmente, também se pode preparar a couve fermentada com beterraba, um pouco de cenoura, nata ou azeite.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Confrei

Planta herbácea perene que se apresenta como uma pequena touceira, originária do Centro e Norte da Europa e da Ásia, da família Boraginaceae, de clima temperado e frio, perfeitamente aclimatada na região Centro-Sul do Brasil (PANIZZA, 1997).

É conhecido popularmente por consolda, consolida, confrei-russo, leite-vegetal, capim-roxo-da-rússia, orelhas-de-asno, erva-do-cardeal, língua-de-vaca e erva-encanadeira-de-osso (PANIZZA, 1997; MARTINS, et al. 1994).

Suas folhas são de formato entre lanceolado e oval, ásperas, com nervuras bem visíveis, sendo grandes na base da planta e menores um pouco na parte superior, chegando a quase meio metro de altura (PANIZZA, 1997; MATOS, 1998). Pelo seu alto teor de proteínas (28 a 30%), o confrei também é utilizado como planta forrageira (SARTÓRIO et al., 2000).

Contém mucilagens, alantoína, alcalóides pirrolizidínicos, taninos, mucilagens, colina, sais minerais, vitaminas e ácido fólico (SARTÓRIO et al., 2000). A alantoína, é a substância responsável por propriedades cicatrizante, hidratante e de regeneração celular (SARTÓRIO et al., 2000).

É uma planta rústica e de fácil cultivo, resiste à seca e às geadas. Precisa de bom teor de umidade e local ensolarado para ter boa produção, mas não resiste ao encharcamento.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Coentro

Planta anual, herbácea, com caule cilíndrico, estriado e pouco ramificado, que pode atingir de 0,70 a 1,00m de comprimento. As folhas são de coloração verde-brilhante e apresentam-se em duas formas: as inferiores pinadas e as superiores bipinadas. Exalam um aroma forte e fétido quando esmagadas, lembrando o cheiro exalado por percevejos.

Características da flor

As flores, pequenas e de coloração branca ou róseo-violácea, estão dispostas numa inflorescência do tipo umbela. O florescimento ocorre entre a primaverae o verão.

É importante lembrar que antes da decisão de investir no cultivo de plantas medicinais e aromáticas, principalmente para quem não tem experiência com estas culturas, é obter mais informações sobre o assunto, para conhecer todas as etapas e técnicas envolvidas na produção.

É aconselhável procurar orientação de instituições de pesquisa ou profissional capacitado, para se informar quais plantas são mais indicadas para serem cultivadas na propriedade, em função da localização e tipo de solo da mesma, entre outros fatores. Deve-se ainda, realizar pesquisa de mercado procurando descobrir quais são os compradores mais próximos, qual a possibilidade de negociar a produção, entre outros pontos importantes.

Traremos apenas informações gerais e sobre o cultivo desta planta, visando sua exploração comercial, fornecendo ainda alguns endereços para mais informações.

De modo geral, para qualquer planta de uso aromático e medicinal, para se iniciar uma cultura seja a nível comercial ou mantê-la na horta doméstica, as sementes e mudas devem ser adquiridas de produtores ou de viveiros de mudas idôneos, que garantam a identificação botânica correta.

Alguns aspectos referentes a colheita e pós-colheita devem ser conhecidos, como por exemplo:

Determinação do momento ideal da colheita, que varia de acordo com o órgão da planta, estádio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia;

Conhecimento de qual parte da planta contém o princípio ativo de interesse;

A colheita de sementes é realizada quando elas estão completamente amadurecidas ou no caso de serem deiscentes (que caem após o amadurecimento), antecipa-se a colheita para evitar as perdas;

A colheita deve ser realizada em períodos sem ocorrência de chuvas, preferencialmente no período da manhã, após o orvalho ter evaporado;

As ferramentas utilizadas variam de acordo com as partes que serão colhidas. Normalmente são utilizadas ferramentas simples: tesouras de poda (caule e folhas) e pás, enxadas e enxadões (raízes e partes subterrâneas);

O material cortado é acondicionado em recipientes adequados à parte colhida ( sementes, flores, outros);

O material coletado tem destinos variados: uso direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e secagem para comercialização "in natura".

Embora não tenhamos como objetivo indicar o uso medicinal desta ou de qualquer outra planta, destacamos algumas recomendações contidas no livro Plantas e Saúde - Guia Introdutório à Fitoterapia:

Utilize somente plantas medicinais conhecidas;

Procure conhecer a parte da planta que serve como remédio (raiz, caule, folha ou flor);

Não colete plantas medicinais nas margens de rios ou córregos poluídos e esgotos, bem como na beira de estradas, devido as substâncias tóxicas liberadas pelo escapamento dos veículos;

Procure conhecer as plantas que são tóxicas;

Tenha cuidado ao comprar ervas medicinais, observando sempre o seu estado de conservação (se não tem mofo, insetos, etc);

Procure conhecer o modo de preparo das plantas utilizadas como remédio (infusão, cozimento, etc);

Estar atento a indicação de uso da planta, se é para uso interno (beber) ou externo (compressa, cataplasma, etc);

Não substitua imediatamente o remédio dado pelo seu médico por plantas indicadas por amigos. Procure antes conversar com seu médico.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chicória

Considerações gerais

A chicória, botanicamente Cichorium indívia, L., pertencente às famílias das Compostas, é encontrada sob duas formas ou tipos: lisa, também conhecida por escarola e crespa. As chicórias do primeiro grupo são as mais apreciadas e entre elas destacam-se a “Lisa Imperial”, “Lisa da Batavia” e “Branca de coração cheio”.

Como principais representantes do segundo grupo encontramos a “Crespa de Ruffec” e a “Crespa de Meaux”. Ambos os tipos são consumidos sob a forma de saladas ou cozidos.

Plantio e adubação

A adubação mais aconselhável para os terrenos de cultivo desta cultura só pode ser recomendada após o exame da fertilidade do solo, contudo, quando a plantação for executada em solos de média fertilidade a seguinte adubação poderá satisfazer plenamente as exigências da cultura:

Esterco de curral bem curtido: 8 kg/m2
Adubo químico 10-10-10: 100g/m2

O espaçamento mais recomendado é de 30 x 30 cm.

A época de plantio mais aconselhável está condicionada à variedade que se vai cultivar, embora o cultivo possa ser executado o ano todo.

A chicória Lisa Imperial e a Crespa de Meaux produzem melhor de agosto a janeiro, nas condições do planalto paulista e a Crespa de Ruffec prefere os meses de março a junho.

A semeadura desta hortaliça é realizada da seguinte maneira: primeiramente, nos canteiros de semeação, procede-se a semeadura utilizando-se 4g/m2 de sementes.

Após ter transcorrido quatro a cinco semanas as plantinhas terão 4 a 6 folhas, momento do transplante para o local definitivo.

Tratos culturais

Rega-se abundantemente.

Para se conseguir chicórias de melhor apresentação, mais claras e tenras, recorre-se ao estiolamento, procedendo da seguinte forma: amarra-se um cordão ou material similar de modo a proteger o “coração” da planta dos raios solares e mantendo-se neste estado por uns 15 dias. As regas não deverão atingir o “coração” da planta.

Outros tratos culturais importantes são as irrigações freqüentes e em bom número de escarificações, mantendo o solo fofo, a fim de possibilitar à planta melhores condições de desenvolvimento.

Colheita

A colheita será realizada de 80 a 90 dias após a semeadura, com rendimento aproximado de 25 a 30 toneladas por hectare.

domingo, 1 de julho de 2012

Camomila

Originária da Europa e Norte da Ásia, a camomila, Matricaria recutita L. (ASTERACEAE) é uma das espécies integrantes do projeto "Produção, processamento e comercialização de ervas medicinais, condimentares e aromáticas", coordenado pela Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios de Campinas (SP), a qual está sendo cultivada e multiplicada nas unidades demonstrativas da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), Embrapa Semi-Árido (Petrolina, PE) e nos Escritórios de Negócios de Dourados (MS), Canoinhas (SC) e Petrolina (PE). Esse projeto contempla também o treinamento de técnicos e a qualificação de pequenos agricultores e seus familiares na produção e manipulação de ervas, fundamentadas em boas práticas agrícolas.

DESCRIÇÃO BOTÂNICA

Planta anual, com cerca de 20 a 50 cm de altura, caule ereto muito ramificado, desprovido de pêlos; folhas verdes, lisas na parte superior, recortadas em segmentos estreitos e pontiagudos; flores organizadas em inflorescências (flores sem pedúnculos), brancas, e amarelas no centro, sobre receptáculo cônico e oco, flores centrais hermafroditas; frutos do tipo simples, secos, com uma única semente, cilíndricos, arqueados, pequenos e truncados no ápice.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Óleos essenciais contendo camazuleno, bisabolol, colina, flavonóide, cumarina e sais minerais.

FORMA DE PROPAGAÇÃO

Sementes

CULTIVO

Reproduz bem em clima temperado com elevada umidade relativa do ar. Não tolera excesso de calor. Resistente às geadas no período vegetativo. Prefere solos férteis, estruturados e permeáveis com pH entre 6 e 7,5, ricos em matéria orgânica. Recomenda-se uma adubação com esterco de gado bem curtido, composto orgânico ou esterco de aves, quando necessário.

COLHEITA E BENEFICIAMENTO

As flores devem ser colhidas quando estiverem totalmente abertas e submetidas a uma boa secagem. Recomenda-se efetuar a colheita manual e diariamente, visando selecionar melhor o material vegetal.

REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PRODUÇÃO DE SUCESSO

Utilizar sementes e material propagativo de boa qualidade e de origem conhecida: com identidade botânica (nome científico) e bom estado fitossanitário

O plantio deve ser realizado em solos livres de contaminações (metais pesados, resíduos químicos e coliformes)

Focar a produção em plantas adaptadas ao clima e solo da região

É importante dimensionar a área de produção segundo a mão-de-obra disponível, uma vez que a atividade requer um trabalho intenso

O cultivo deve ser preferencialmente orgânico: sem aplicação de agrotóxicos, com rotação de culturas, diversificação de espécies, adubação orgânica e verde, controle natural de pragas e doenças

A água de irrigação deve ser limpa e de boa qualidade

A qualidade do produto é dependente dos teores das substâncias de interesse, sendo fundamentais os cuidados no manejo e colheita das plantas, assim como no beneficiamento e armazenamento da matéria prima

Além dos equipamentos de cultivo usuais, é neces sár ia uma unidade de secagem e armazenamento adequada para o tipo de produção

O mercado é bastante específico, sendo importante a integração entre produtor e comprador, evitando um número excessivo de intermediários, além da comercialização conjunta de vários agricultores, por meio de cooperativas ou grupos.

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